terça-feira, 21 de setembro de 2010

Gravidez na Adolescência

Gravidez na adolescência
Uma reflexãomaiscríticaeamplasobregravideznaadolescênciapermiteassociaressefenômeno a diversos fatores, tais como: a vulnerabilidade individual e social, a falta de informação e acesso aos serviços de saúde e ao baixo status de adolescentes mulheres na sociedade.
O índice de gravidez entre adolescentes de 10 a 14 anos está relacionado a outros fatores socioeconômicos e culturais e tende a ser maior nas regiões em que há exploração sexual de adolescentes e jovens, como é o caso das regiões Norte e Nordeste. Alguns estudos têm apontado a relação entre gravidez nessa faixa etária e a ocorrência de violência sexual.
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Nas quatro últimas décadas, assistiu-se a um decréscimo na taxa de fecundidade das mulheres como um todo (em 1940, a média nacional era de 6,2 filhos,em2000,passaa2,3 filhos).Emcontrapartida,entreadolescentesejovensosentidoéinverso.Identificou-se o aumento em 25% da taxa de fecundidade entre meninas de 15 a 19 anos, durante os anos 90, (UNESCO, 2004), somando-se o fator gravidez na adolescência às outras causas da evasão escolar.
No Brasil, dados mais recentes indicam que a taxa de adolescentes grávidas entre 15 e 19 anos vem diminuindo desde 1999 e chegou, em 2003, a patamares menores do que os verificadosnoiníciodadécadapassada.
As pesquisadoras Elza Berquó, do Núcleo de Estudos de População da Unicamp, e Suzana Cavenaghi, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE (Instituto Brasileiro de GeografiaeEstatística),constataramqueoíndicedegravideznaadolescênciadiminuiu.Esse estudo comparou o comportamento da mesma taxa em três pesquisas diferentes: a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE; o SINASC (Sistema de Informações de Nascidos Vivos), do Ministério da Saúde; e registro civil, realizado em cartórios. Segundo os dados da PNAD, em 1999 foi verificadaumataxade90,5grávidaspara cada grupo de 1.000 adolescentes entre 15 e 19 anos; em 2003, havia 81 grávidas para cada grupo de 1.000, uma queda de 10,5%.
Apesar da redução dos casos de gravidez na adolescência, Suzana Cavenaghi afirmouqueisso não deve levar o poder público a reduzir a atenção ao tema, porque as taxas brasileiras ainda são altas se comparadas a países desenvolvidos e por haver um grande diferencial entre classes sociais. (Fonte: Boletim da Rede Feminista)

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