segunda-feira, 26 de março de 2012

Sobral realizou Encontro das Cidadãs Poshitivas

O número de mulheres infectadas pelo HIV no Brasil e no mundo demonstra a enorme vulnerabilidade que as mulheres apresentam perante à doença. Entre os principais fatores que contribuem para o crescimento da quantidade de mulheres infectadas é a dificuldade em negociar o uso do preservativo com o seu parceiro.
 
A Rede de Solidariedade Posithiva Sobral com o apoio da Secretaria da Saúde e Ação Social através do COAS – Centro de Orientação e Apoio Sorológico, como estratégia para implementar cuidados especiais voltados ao público feminino soropositivas realizada, no dia 6 de março, dentro da Programação das Comemorações ao Dia Internacional da Mulher, o Iº Encontro das Cidadãs Posithivas.
 
O movimento pretende trazer para o debate público assuntos relacionados exclusivamente ao universo das mulheres vivendo com HIV/Aids, como os efeitos colaterais dos anti-retrovirais no organismo feminino, a menopausa precoce, a falta de políticas públicas específicas para as mulheres soropositivas e a violência doméstica.
 
O Encontro aconteceu na Casa de Apoio Madre Rosa Gatorno, à rua Maria Monte, 468, bairro Domingos Olímpio, à partir das 16h.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Tuberculose - Como prevenir e curar

IntroduçãoAcompanhando a humanidade há milênios, a tuberculose permanece como grave problema de Saúde Pública, que atinge cidadãos social-mente mais vulneráveis, em sua faixa etária mais produtiva. Países em desenvolvimento são os que apresentam maior incidência da doênca. O Brasil, com prevalência estimada em mais de 100.000 pacientes bacil-íferos,1 ocupa a 13a ou 14a posicão, a depender da situação media atual.2
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 100 milhões de pessoas são infectadas anualmente, em todo o mun-do, dos quais oito a dez milhões desenvolverão a doênca durante a vida; a metade dos infectados apresentará a forma contagiante e três milhões deles irão a óbito, a cada ano.2
Agente etiológico da TuberculoseMycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch. O complexo Mycobacterium tuberculosis é constituído de várias es-pécies: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum e M. microti. Outras espécies de micobactérias podem produzir quadro clínico semelhante ao da tuberculose, sendo necessárias para o diagnóstico diferencial a cultura e a identificação das mesmas, pelos laboratórios de referência4.
ReservatórioO reservatório principal é o homem. Em geral, a fonte de infecção é o indivíduo com a forma pulmonar da doênça, que elimina bacilos para o exterior (bacilífero). Calcula-se que durante um ano, numa comunidade, um indivíduo bacil-ífero poderá infectar, em média, de 10 a 15 pessoas, sendo desta forma inportante diagnosticar e tratar precocemente os casos bacilíferos, para assim, eliminar a fonte infectante.
Formas de transmissão e infecção da TuberculoseO bacilo da Tuberculose é transmitido através das vias aéreas em prat-icamente a totalidade dos casos. A infecção ocorre a partir da inalação de gotículas contendo bacilos expelidos pela tosse, fala ou espirro de doente com tuberculose ativa de vias respiratórias (pulmonar ou la-ríngea).
Formas de apresentação da TuberculoseO Mycobacterium tuberculosis, ao penetrar no organismo, tem predi-leção em se instalar no pulmão, desenvolvendo assim a forma pul-monar da doença. A apresentação da TB na forma pulmonar, além de ser mais freqüente, é também a mais relevante para a saúde pública, pois é a forma pulmonar, especialmente a bacilífera, a responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença. Entretanto, em al-guns casos, o bacilo se instala em outros orgãos do corpo, desen-volvendo assim a forma extrapulmonar.
Sinais e sintomas da TuberculoseToda pessoa que apresentar perda de peso, falta de apetite, febre no final da tarde, suores noturnos e principalmente tosse por mais de três semanas com ou sem secreção deve procurar um serviço de saúde.A busca ativa de sintomático respiratório é a principal estratégia para o controle da TB, uma vez que permite a detecção precoce das formas pulmonares.
Situação epidemiológica da Tuberculose em SobralHistoricamente a Tuberculose apresenta elevada incidência em Sobral, sendo considerado assim um dos sete municípios prioritários para o controle da doença no Estado do Ceará. Entre os anos de 2007 e 2011, foram diagnosticados 794 casos novos3 da doença conforme a tabela 1:
Tabela 1 Total de casos novos de Tuberculose diagnosticados em Sobral entre os anos de 2007 e 2011.Quanto a distribuição dos casos de Tuberculose por sexo, observa-se que Sobral segue a tendência nacional, onde a maioria dos casos atinge o sexo masculino. Tabela 2
Tabela 2 Distribuição segundo o sexo, dos casos novos de Tubec-ulose em Sobral nos anos de 2007 a 2011.No que diz respeito a faixa etária mais atingida pela Tuberculose , 95% dos casos em Sobral se concentra nas pessoas acima de 15 anos de idade. Tabela 3
Tabela 3 Distribuição dos casos novos de Tubeculose em Sobral nos anos de 2007 a 2011 segundo a faixa etária. Os principais problemas enfrentados no tratamento da Tuberculose estão na ocorrência de casos de abandono, multirresistência medica-mentosa e nos consequentes casos de óbito. Nos últimos cinco anos, ocorreram 49 casos de abandono, 11 casos de TBMR e 23 óbitos por por tuberculose em Sobral.
Tabela 4 Distribuição dos casos de óbito, abandono e TBMR em Sobral nos anos de 2007 a 2011.
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE Ano I, 1a edição Sobral, 16 março de 2012

quinta-feira, 15 de março de 2012

PSE de Sobral realiza oficina sobre avaliação oftalmológica

OFICINA DE PSE – PROGRAMA SAÚDE NAS ESCOLAS SOBRAL – CE
LOCAL: CENTRO DE ZOONOSES
DATA: 16/03/12
HORÁRIO: 8H ÀS 12H
OBJETIVO: DAR CONTINUIDADE AO PROCESSO DO TRABALGHO DO PSE – PROGRAMA SAÚDE NAS ESCOLAS, REALIZANDO AS OFICINAS DE EDUCAÇÃO PERMANENTE SOBRE A AVALIAÇÃO OFTALMOLÓGICA (TESTE DE SNELLEN) QUE SERÃO DESENVOLVIDAS NOS ALUNOS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO MUNICÍPIO DE SOBRAL.

PAUTAS: OFICINA DE AVALIAÇÃO OFTALMOLÓGICA, SENSIBILIZAÇÃO DE TB E HANSENÍASE, ORIENTAÇÃO SOBRE OS PROTOCOLOS DO PSE E AVALIAÇÃO DA SEMANA DE PREVENÇÃO DA OBESIDADE.

1º MOMENTO: ACOLHIDA : MOMENTO DE INTEGRAÇÃO
2º MOMENTO: OFICINA SOBRE ACUIDADE VISUAL (AVALIAÇÃO OFTALMOLÓGICA) ENFERMEIRO JOÃO SÉRGIO
3º MOMENTO: SENSIBILIZAÇÃO SOBRE TUBERCULOSE - ENFERMEIRO JOÃO SÉRGIO
4º MOMENTO: SENSIBILIZAÇÃO SOBRE HANSENÍASE - ENFERMEIRO JOÃO SÉRGIO
5 MOMENTO: PROTOCOLOS DO PSE - GLAUCIENI
6º MOMENTO: AVALIAÇÃO DA SEMANA DE PREVENÇÃO A OBESIDADE - GLAUCIENI
7º MOMENTO: ENCERRRAMENTO MUSICAL - GLAUCIENI

LEMBRETE: SIMEC NÃO LIBERADO E ETREGA DO CONSOLIDADO DO MÊS

segunda-feira, 12 de março de 2012

Dr. Odorico Monteiro diz que o COAP é salto de qualidade na relação regional da saúde.

COAP é salto de qualidade na relação regional da saúde, diz Odorico Monteiro
Sex, 09 de Março de 2012 15:59

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Para o Ceará que se antecipou a vários movimentos nacionais na saúde pública, o secretário de gestão estratégica e participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, disse nesta sexta-feira, 9, em Fortaleza, que o Estado poderia seguir em frente em mais um pioneirismo, iniciando o processo do Contrato Organizativo da Ação Pública de Saúde em substituição ao Pacto pela Saúde. O COAP está no decreto nº 7.508/ 2011, que regulamentou a Lei nº 8.080/1990. “Hoje temos o desafio de dar um salto de qualidade na relação regional”, afirmou durante a Reunião sobre o Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde, realizada pela Secretaria da Saúde do Estado em parceria com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde, no hotel Mareiro das 8 às 17 horas, com a participação de 160 gestores e técnicos estaduais e municipais.
 
Entre as experiências pioneiras do Ceará, Odorico Monteiro destacou que “já na década de 90 praticamente todos os municípios estavam com a saúde municipalizada”. Ele observou que o Ceará, “com a nova rede de assistência de Centros de Especialidades Odontológicas e policlínicas regionais e ainda a implantação dos consórcios públicos de saúde, tem tudo para dar escala de realização do COAP para todo o país”. Conforme deixou claro, “não será um contrato individualizado entre os três entes federal, estadual e municipal. Serão 22 contratos para as 22 regiões de saúde no caso do Ceará”. Ele foi incisivo: “O COAP reduz desigualdades locais e regionais, através de compromissos contratuais e responsabilidades compartilhadas na gestão do SUS”.


 
Compete às secretarias estaduais da saúde a implementação dos contratos nas regiões. O secretário da saúde do Estado, Arruda Bastos, afirmou que “o Ceará quer aprofundar o debate sobre o COAP em todos os espaços da gestão da saúde pública, esclarecendo o máximo possível de dúvidas e propondo uma agenda para ampliação das discussões com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde”.


 
A presidente da Associação dos Prefeitos do Ceará, Eliene Brasileiro, disse que “há uma expectativa dos prefeitos em torno do COAP acompanhada de medo como tudo que é novo porque as demandas da população crescem a cada dia e os recursos são insuficientes”. Já o vice-presidente do Cosems, Pedro Filho, falou que “é preciso organizar mais o nosso sistema de saúde para reduzir a dificuldade de garantir acesso real aos serviços básicos e de média complexidade”.

 
Integração
 
Organização é uma das finalidades do decreto nº 7.508, assinado pela presidenta Dilma Roussef em 2011. A técnica da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do MS, Mônica Sampaio, destacou durante a apresentação com tema “Minuta do COAP” que o contrato tem três finalidades prioritárias. Primeiro integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde em regiões de saúde. Em segundo lugar, garantir a transparência. A terceira finalidade é orientar e ordenar os fluxos de ações e serviços.
 
 

quinta-feira, 1 de março de 2012

Secretaria da Saúde de realiza nas Escolas de Sobral a Semana de Prevenção da Obesidade.

SEMANA DE SAÚDE NAS ESCOLAS 2012 – PREVENÇÃO DA OBESIDADE 05 A 09 DE 2012
CSF – CENTRO DE SAÚDE DA FAMÍLIA E ESCOLAS MUNICIPAIS E ESTADUAIS
PLANO DE AÇÃO

OBJETIVO: INCENTIVAR AS BOAS PRÁTICAS DE SAÚDE PARA A MELHORIA DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DAS CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS NO ÂMBITO DA ESCOLA PARA A FORMAÇÃO DA CIDADANIA E FORTALECIMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO, VISANDO À APROXIMAÇÃO DA POPULAÇÃO COM A REDE DE ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE.

ATIVIDADES: REALIZAÇÃO DE AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E OFICINAS SOBRE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL, DURANTE A VISITA DAS FAMÍLIAS ÀS ESCOLAS E UBS.

ATIVIDADE PARALELA: DURANTE A VISITA DAS FAMÍLIAS ÀS ESCOLAS E UBS SERÃO RELIZADAS CAMINHADAS, OFICINAS SOBRE RELAÇÃO DE GÊNERO E VIOLÊNCIA CONTRA MULHER PARA SENSIBILIZAÇÃO AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER – 08 DE MARÇO.

PROGRAMAÇÃO:
1. CSF – CAIC (02 EQUIPES)
RESPONSÁVEIS/EQUIPE: LIA/ ANDERSON/ CARLA/ NUTRICIONISTA/ DIRETORA
ESCOLA: RAIMUNDO PIMENTEL GOMES
DATA: 06/03/12 - TERÇA
HORÁRIO: 8:30H
Nº ALUNOS: 40 (7º ANO)
Nº FAMILIARES: 40
TOTAL:80 PESSOAS

2. CSF – BARACHO/ SÃO FCO. (01 EQUIPE)
RESPONSÁVEIS/EQUIPE: GIRNANDA/ ANILTA/ NUTRICIONISTA/ DIRETORA
ESCOLA: JACYRA MENDES OLIVEIRA
DATA: 08/03/12 - QUINTA
HORÁRIO: 8H
Nº ALUNOS: 30 (2º ANO)
Nº FAMILIARES: 30
TOTAL:60 PESSOAS

3. CSF – VILA UNIÃO (02 EQUIPES)
RESPONSÁVEIS/EQUIPE: KEILA/ MÁRCIO/ CÁSSIA/CARLA/ NUTRICIONISTA/ (11) ACS/ (03)ENFERMEIROS/ (03) ESTAGIÁRIO DE ODONTO/(02)ASB/(01)AUX.ENFERMAGEM/ DIRETORA
ESCOLA: EMÍLIO SENDIM/ CHECHE EMÍLIO SENDIM
DATA: 07/03/12 E 09/0312 – QUARTA E SEXTA
HORÁRIO: 8H
Nº ALUNOS: 160 (1º/2º/4º ANO + 155 – 1º/2º ANO)
Nº FAMILIARES: 160 + 155
TOTAL: 315 PESSOAS

4. CSF – ARACATIAÇÚ (02 EQUIPE)
RESPONSÁVEIS/EQUIPE: JOSIANO/ MARINA/ HELENA/ RAIMUNDO/ NUTRICIONISTA/ DIRETORA
ESCOLA: FRANCISCO AGUIAR
DATA: 06/03/12 - TERÇA
HORÁRIO: 8:30
Nº ALUNOS: 70 (02 TURMAS - 9º ANO)
Nº FAMILIARES: 70
TOTAL: 140 PESSOAS

5. CSF – JUNCO (02 EQUIPES)
RESPONSÁVEIS/EQUIPE: VIVIANE/ CARLA/ SOCORRO RAMOS/ NUTRICIONISTA/DIRETORA
ESCOLA: GERARDO RODRIGUES
DATA: 08/03/12
HORÁRIO: 13H-17H
Nº ALUNOS: 120
Nº FAMILIARES: 90
TOTAL: 210 PESSOAS

6. CSF – ALTO BRASÍLIA (02EQUIPES)
RESPONSÁVEIS/EQUIPE: MÔNICA/ CREUZA/ NUTRICIONISTA/DIRETORA
ESCOLA: RAUL MONTE
DATA: 05/03/12
HORÁRIO: 7:30
Nº ALUNOS: 31(4ºANO)+38(6ºANO) = 69
Nº FAMILIARES: 69
TOTAL: 138 PESSOAS

7. CSF – DOM EXPEDITO (02 EQUIPES)
RESPONSÁVEIS/EQUIPE: CARINE/ ANA HIRLEY/ROSÂNGELA/DEUSA/ NUTRICIONISTA/ DIRETORA
ESCOLA: PADRE OSWALDO CHAVES
DATA: 05 E 06/03/12 (AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA) E 07/03/12 (CAMINHADA)
HORÁRIO: 7:30H
Nº ALUNOS: 50 + 50
Nº FAMILIARES: 300
TOTAL: 300 PESSOAS

8. CSF – COELCE (04 EQUIPES)
RESPONSÁVEIS/EQUIPE: YARA/ FCA. CHAGAS/CLENILDA/ANTÔNIA/ELIZETE/VERA LÚCIA/ NUTRICIONISTA/DIRETORA
ESCOLA: ANTENOR NASPOLINE/ CIRÃO( PREFEITO J. EUCLIDES F.GOMES)
DATA: 06/03/12 E 09/03/12
HORÁRIO: 14H
Nº ALUNOS: 27 (3º ANO) E 40 (5º ANO) + 40 (9º ANO)= 107 ALUNOS
Nº FAMILIARES: 107
TOTAL:214 PESSOAS (02 ESCOLAS)

9. CSF – APRAZÍVEL (01 EQUIPE)
RESPONSÁVEIS/EQUIPE: HELOÍSA/ NUTRICIONISTA/DIRETORA
ESCOLA: ANTÔNIO CUSTÓDIO
DATA: 08/03/12
HORÁRIO: 8:30
Nº ALUNOS: 49 + 50
Nº FAMILIARES: 99
TOTAL:198 PESSOAS

10. CSF – PEDRINHAS (01 EQUIPE)
RESPONSÁVEIS/EQUIPE: ALAÍDE/ GLAICIANE/ NUTRICIONISTA/DIRETORA
ESCOLA: MARIA DO CARMO ANDRADE
DATA: 07/03/12
HORÁRIO: 17H
Nº ALUNOS: 70 ENSINO INFANTIL
Nº FAMILIARES: 70
TOTAL: 140 PESSOAS

11. CSF – JORDÃO (01 EQUIPE)
RESPONSÁVEIS/EQUIPE: DJANILCE/ NUTRICIONISTA/DIRETORA
ESCOLA: JOSÉ EUCLIDES FERREIRA GOMES
DATA: 05/03/12
HORÁRIO: 14H
Nº ALUNOS: 75
Nº FAMILIARES: 75
TOTAL: 150 PESSOAS


12. CSF – PADRE PALHANO (02 EQUIPES)
RESPONSÁVEIS/EQUIPE: ELIENE/ NUTRICIONISTA/DIRETORA
ESCOLA: PADRE PALHANO
DATA: 06/03/12
HORÁRIO: 8H
Nº ALUNOS: 30 (2º ANO)
Nº FAMILIARES: 30
TOTAL: 60 PESSOAS

13. CSF – SUMARÉ (02 EQUIPES)
RESPONSÁVEIS/EQUIPE: ALESSANDRA/ LOURDES/ NUTRICIONISTA/DIRETORA
ESCOLA: PROFA.CARMOSINA F. GOMES / JOSÉ PARENTE PRADO
DATA: 06/03/12 E 08/03/12
HORÁRIO: 8H
Nº ALUNOS: 38 + 38
Nº FAMILIARES: 76
TOTAL: 152

14. CSF – ESTAÇÃO – (02 EQUIPES)
RESPONSÁVEIS/EQUIPE: BRUNO/APARECIDA/ ELAINE CRISTINA/ NUTRICIONISTA/DIRETORA
ESCOLA: CRECHE SORRISO DE CRIANÇA
DATA: 06/03/12
HORÁRIO: 8:30
Nº ALUNOS: 40 (7º ANO)
Nº FAMILIARES: 40
TOTAL: 80 PESSOAS

15. CSF – EXPECTATIVA
RESPONSÁVEIS/EQUIPE: PRISCILA/ DÉBORA/ NUTRICIONISTA/ DIRETORA
ESCOLA: TRAJANO DE MEDEIROS E ANTÔNIO MENDES CARNEIRO
DATA: 06/03/12 E 07/03/12 + 08/03/12
HORÁRIO: 8H
Nº ALUNOS: 60 + 60
Nº FAMILIARES: 60
TOTAL: 120 PESSOAS

16. CSF – SINHÁ SABÓIA
RESPONSÁVEIS/EQUIPE: PAULO GERMANO/ CRISTINA/ NUTRICIONISTA/DIRETORA
ESCOLA: JACYRA PIMENTEL GOMES
DATA: 08/03/12 E 09/03/12
HORÁRIO: 8H E 14H
Nº ALUNOS: 60 + 60
Nº FAMILIARES: 60
TOTAL: 120 PESSOAS

17. CSF – CARACARÁ/ PATOS
RESPONSÁVEIS/EQUIPE: DANIELE / NUTRICIONISTA/DIRETORA
ESCOLA: JACYRA PIMENTEL GOMES
DATA: 05 A 09 DE MARÇO
HORÁRIO: 8h
Nº ALUNOS: 600
Nº FAMILIARES: 600
TOTAL: 120 PESSOAS

TOTAL DE LANCHES: 2.569
LANCHE: 250 KG DE POLPAS
DATA : 29/02/12 (QUARTA- FEIRA ÀS 15H)
GALPÃO AGRICULTURA FAMILIAR - BAIRRO DOMINGOS OLÍMPIO
GLÓRIA/ANA PAULA: 3611.6814
TOTAL DE EQUIPES CONTEMPLADAS NA SEMANA: 26 EQUIPES DE ESF

Previna a obesidade infantil

Prevenção da Obesidade Infantil

Para a Dra. Sylvia, é importante que as crianças, já a partir dos 4 ou 6 meses de vida, tenha uma dieta variada, colorida, que possua sabores e texturas diferentes, uma vez que os seus hábitos alimentares serão formados ainda nos seus primeiros anos. Ela recomenda que os horários das refeições sejam bem estabelecidos e que se evite longos períodos sem alimentação. "Nos intervalos das refeições principais devem ser incluídos lanches que podem conter, por exemplo, leite, frutas e pão, ou cereais", ensina.
De acordo com a nutricionista, para que a criança tenha uma alimentação equilibrada, é recomendável que consuma, pelo menos, um alimento de cada um dos três grupos abaixo, em cada refeição:
- Reguladores: frutas, verduras e legumes. São as fontes de vitaminas, minerais e fibras;
- Energéticos: cereais, pães, macarrão, batata, mandioca, farinhas, etc. Estes são as fontes de carboidrato, que fornecem energia ao organismo.
- Construtores: são ricos em proteínas, cálcio e ferro e compreendem as carnes de vaca e frango, peixes, ovos, leite e derivados e as leguminosas como os feijões, ervilha, lentilha, grão-de-bico, soja, etc.
Além disso, a nutricionista Sylvia recomenda que se aumente o nível de atividade física da criança, que se diminua os alimentos gordurosos, excluindo as frituras do seu cardápio e utilizando pouco óleo na preparação dos alimentos. Ela acrescenta ainda que se substitua os refrescos artificiais e os refrigerantes por sucos naturais de frutas, além de diminuir o consumo de doces e açúcar e dos alimentos de "fast food" e "junck food", dando sempre preferência aos alimentos frescos e naturais. Pesquisas demonstraram que é importante que o teor de gordura nunca ultrapasse 25% do total da alimentação da criança.
Em crianças que já sofrem com a obesidade, sugere-se uma educação nutricional, e não uma dieta, para que os resultados sejam de longo prazo. Do mesmo modo, é importante que a família também siga as mesmas normas alimentares, e que não se utilize o alimento como prêmio ou punição na educação da criança. De acordo com estudos sobre o assunto, 20% das crianças têm sucesso no tratamento da obesidade. O Dr. Fábio Ancona Lopez, vice-presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo, chegou a afirmar que as chances de vencer a obesidade diminuem à medida que o problema persiste na adolescência e na fase adulta, chegando a diminuir em 80% para quem é adulto. O alerta do pediatra serve para que a obesidade seja identificada e que a criança seja encaminhada para tratamento o mais rápido possível.
Uma Conta Cara
Com base no cardápio básico sugerido pela Dra. Sylvia, chegamos a uma lista de compras mensal de produtos normalmente considerados como baratos, como banana, laranja, maçã, arroz, feijão, macarrão, frango, pão, leite, alface, tomate, cenoura, cebola, batata, margarina, sal e óleo. No Pão de Açúcar, tradicional rede brasileira de supermercados, esta compra básica, em quantidades que serviriam a apenas uma criança no período de um mês, custaria R$ 104,48, equivalente a pouco mais de 2/3 do salário mínimo.
Nesta conta, os alimentos reguladores da lista, banana, laranja, maçã, tomate, cebola, cenoura e alface, correspondem a 41,23%, ao passo que os energéticos, compostos pelo pão, arroz, batata e macarrão, correspondem a 19,41% e os construtores, que incluem o leite, o frango e o feijão, levam 39,96%. É natural que em uma família que viva com um salário mínimo de R$ 151,00, para alimentar em média quatro pessoas, priorize-se o grupo alimentar mais barato, ou seja, o dos energéticos. Coincidentemente, é também o grupo mais calórico.
Os Índices da Obesidade Relacionam-se Com a Pobreza das Populações, Mas Também Com o Seu Avanço na Distribuição de Alimentos
A obesidade tomou proporções epidêmicas. A conclusão é unânime entre os estudiosos do tema. No último Congresso da Sociedade Internacional para o estudo da Obesidade (IASO), em Paris, durante o Simpósio Latino-americano de 10 de setembro de 1998, se apresentaram cifras bastante contundentes: somente no Brasil houve um crescimento da prevalência de sobrepeso e obesidade de 53% ao comparar os censos dos anos 74/75 com o de 89. Ao continuar neste ritmo, todos os brasileiros serão obesos na primeira metade do terceiro milênio. Ao contrário do que se poderia pensar, o crescimento epidêmico é predominante nas classes menos favorecidas.
   Segundo o Consenso Latino-Americano em Obesidade, estudos epidemiológicos em populações latino-americanas têm relatado dados alarmantes: na mesma medida em que se consegue erradicar a miséria entre as camadas mais pobres da população, a obesidade sobrepõe-se como um problema mais freqüente e ainda mais grave que a desnutrição. "É o fenômeno da transição nutricional, que sobrecarrega nosso sistema de saúde com uma demanda crescente de atendimento a doenças crônicas relacionadas com a obesidade", informa o relatório, que estima que 200 mil pessoas morram anualmente em decorrência destas complicações na América Latina.
   O documento, produzido pelo trabalho conjunto de dezenas de especialistas de 12 países latino-americanos, das áreas de Medicina, Nutrição, Psicologia e Educação Física, acusa, no entanto, que o tratamento da obesidade continua produzindo resultados insatisfatórios, em função de estratégias equivocadas e pelo mau uso dos recursos terapêuticos disponíveis. A tendência à obesidade, aliada ao progresso, se observa tanto em países tecnologicamente desenvolvidos, como os Estados Unidos, como nos menos desenvolvidos.
   O médico argentino Júlio Monteiro, presidente da Federação Latino-Americana de Sociedades de Obesidade, a FLASO, em entrevista à revista da ABESO (Associação Brasileira para Estudo da Obesidade) também salienta a associação da obesidade com a pobreza na América Latina: "A doença nunca se relaciona com a miséria", alerta o estudioso, "porque, neste caso não há possibilidades de compra de alimentos de nenhum tipo". Ele considera que há obesos por ignorância e outros por estilo de vida, o que torna as estatísticas contraditórias. "De qualquer maneira, creio que o Brasil tenha as melhores estatísticas, com um índice de obesidade e excesso de peso em torno de 40% da população", declara. Ele acredita que a obesidade é uma das piores aquisições da civilização. O médico, ex-presidente da Sociedade Argentina de Estudos de Obesidade, pensa que os Estados Unidos são o país que mais investe na pesquisa da obesidade, até porque o problema lá é muito grave. "A alimentação dos americanos é capaz de permitir o desenvolvimento de fatores genéticos da obesidade", pondera, acrescentando um dado alarmante: se o curso do avanço da obesidade nos EUA não for alterado, em 230 anos toda a sua população será obesa. "Se pensarmos bem, em termos históricos, 230 anos não é tanto", disse ele à revista da Abeso.
     O professor João Régis Ivar Carneiro, da Seção de Diabetes e Metabologia da Faculdade de Ciências Médicas, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), concorda com o colega argentino, citando o economista John Kenneth Gailbraith, que, em 1958, escreveu em seu livro The Affluent Society que nos Estados Unidos morrem mais pessoas por excesso do que por falta de comida. "É inadmissível a extrapolação desta observação para a realidade vigente nos países subdesenvolvidos", diz. De acordo com a nutricionista Sylvia, entrevistada para esta reportagem, não é de se admirar que também entre as faixas de baixa renda a obesidade seja um problema grave. "Mesmo entre a população de baixa renda há o consumo de refrigerantes, salgadinhos e alimentos gordurosos". No entanto, ela acredita que "esta população pode utilizar melhor o dinheiro que dispõe para a compra de alimentos, substituindo os refrigerantes por sucos de frutas, diminuindo o consumo de gordura, indo à feira livre no final, quando os preços das verduras, legumes e frutas estão mais baixos". É uma questão de educação alimentar, tarefa que começa a tornar-se de saúde pública. Existem alternativas, segundo a Dra. Sylvia, para que as famílias de baixo poder aquisitivo façam refeições nutritivas e de teor calórico menos elevado. "Muitas vezes as folhas de cenoura, beterraba, brócolis e outras são dadas de graça pelos feirantes. Estas são excelentes fontes de vitaminas e minerais, podendo ser refogadas ou utilizadas em sopas e outras preparações", ensina, acrescentando que "É possível ter uma alimentação equilibrada gastando-se pouco dinheiro, como neste exemplo de refeição: Arroz, Feijão, Salada de Alface e Tomate e Laranja".
Conclusões do Consenso Latino Americano
Algumas foram as conclusões a que chegaram os estudiosos que formularam o Consenso Latino Americano para a Obesidade. Em especial, após identificarem a grave situação existente, algumas etapas de intervenção foram definidas: primordialmente, pensam os pesquisadores, é necessário que se tenha uma alimentação saudável mantida através de todo o ciclo de vida de acordo com os hábitos e costumes e padrões alimentares das populações que conformam a cultura alimentar dos povos. Para consegui-lo é necessário manter os princípios de que seja adequada, suficiente, harmônica e que esteja de acordo com as condições de saúde e nutrição das pessoas e das populações.Também nesta etapa é necessário que se reintroduza a atividade física regular, retirada do costume dos povos com o advento de confortos tecnológicos crescentes. O documento indica ainda a revisão dos currículos escolares para que incluam classes de educação física com uma freqüência de pelo menos três vezes por semana. Em destaque, o documento aponta a necessidade da educação permanente e sistemática em nutrição, peso saudável, sobrepeso e obesidade a profissionais de saúde e outras disciplinas. Uma etapa seguinte seria a de prevenção global, onde se introduziriam as mesmas ações citadas anteriormente, mas com amplitude para toda a população, independente das características de peso que tenham. Aí se inclui a formulação de políticas governamentais que guiem e orientem o manejo da situação no nível individual e também no coletivo. Para isso, calculam os estudiosos, requere-se a participação da Indústria Alimentícia, Farmacêutica, ONGs, entidades privadas, instituições acadêmicas, associações científicas e profissionais, grupos organizados da comunidade e pacientes.Chama-se a atenção, em especial, para a importância da indústria alimentícia e dos meios de comunicação em relação à informação que proporcionam sobre temas de saúde e nutrição. Aí entra também a rotulação dos valores nutricionais dos alimentos. Também devem ser realizadas atividades de prevenção a grupos específicos e de alto risco.

Saiba mais sobre obesidade infantil.

O Que é Obesidade

A obesidade é uma enfermidade crônica que se acompanha de múltiplas complicações, caracterizada pela acumulação excessiva de gordura em uma magnitude tal que compromete a saúde, explica o Consenso Latino Americano em Obesidade. Entre as complicações mais comuns está o diabete mellitus, a hipertensão arterial, as dislipidemias, as alterações osteomusculares e o incremento da incidência de alguns tipos de carcinoma e dos índices de mortalidade.

A obesidade é ainda o resultado de ingerir mais energia que a necessária. Não há dúvidas que este consumo excessivo pode iniciar-se em fases muito remotas da vida, nas quais as influências culturais e os hábitos familiares possuem um papel fundamental. Por isso dizemos que a obesidade possui fatores de caráter múltiplo, tais como os genéticos, psicosociais, cultural-nutricionais, metabólicos e endócrinos. A obesidade, portanto, é gerada pela interação entre fatores genéticos e culturais, assim como familiares.

Ainda de acordo com o Consenso, existe uma clara tendência entre os membros de uma mesma família possuírem um índice de massa corporal (IMC) similar. São várias as publicações científicas que demonstraram uma correlação entre o IMC de pais e filhos, o que sugere que, provavelmente, tanto os genes como um ambiente familiar compartilhado, contribuem ao desenvolvimento da obesidade.

Influência do Patrimônio Genético

De acordo com o Consenso, a variedade biológica das pessoas com relação ao armazenamento do excesso de energia ingerida é muito grande. Este fato está estreitamente relacionado com a suscetibilidade individual e seu patrimônio genético. Com base nos estudos de epidemiologia molecular, é possível afirmar que o número de genes associados ou relacionados com a obesidade gire em torno de 20.

Em função disso, algumas pessoas nunca chegarão a ter sobrepeso ou obesidade, outras podem aumentar de peso na medida que aumentam de idade, e outras ainda podem iniciar o aumento de peso desde a infância e mantê-lo em idades posteriores.

Estudos citados pela Profa. Marília, publicados pelo International Journal of Obesity em 1988, envolvendo 1698 pessoas de 409 famílias diferentes, concluíram que a participação genética na situação de obesidade chegou a 25% dos casos e variou até 30%, quando analisada a distribuição andróide de gordura.

Outras análises estatísticas confiáveis confirmaram que 25% da variação transmissível total é atribuída ao fator genético, e atribuíram ainda 30% à transmissão cultural e 45% a outros fatores ambientais não transmissíveis. Ou seja, a interação genético-ambiental é a que promove o desenvolvimento da obesidade no indivíduo.

Portanto, acreditam os médicos e especialistas de diversas áreas participantes do Consenso, é possível reduzir a influência da suscetibilidade genética efetuando-se modificações na cultura alimentar familiar e também da população como um todo, através de programas de prevenção e educação.

Fatores Psicológicos Também Influem na Obesidade

Também se leva em conta a influência das desordens emocionais e dos fatores psicológicos na prevalência da obesidade. De acordo com alguns autores da psicologia, citados pelo psicólogo Fernando Falabella Tavares de Lima em artigo publicado no site Bibliomed, do grupo eHealth Latin America, mecanismos psíquicos de fixação oral, regressão oral e supervalorização dos alimentos são de grande impacto na forma como as pessoas desenvolvem hábitos alimentares. É comum, por exemplo, que uma história passada de depreciação da imagem corporal e insuficiente condicionamento primitivo do controle do apetite leve aos transtornos alimentares, tais como a bulimia, a anorexia e também a obesidade.

No entanto, além das influências genéticas, psicológicas e familiares, o fenômeno migratório do campo para a cidade, característica das mudanças ambientais mais importantes deste século na América Latina, foi dos fatores mais importantes para o incremento dos índices de obesidade. Acrescentou-se nos hábitos de vida o sedentarismo e o consumo de alimentos processados com maior conteúdo de gorduras, carboidratos e menor aporte de fibra. Os aspectos sociais da obesidade são abordados nesta reportagem mais à frente.

A Obesidade na Infância

Segundo o Manual de Psiquiatria Infantil, de 1983, uma criança é considerada obesa quando ultrapassa em 15% o peso médio correspondente à sua idade, desde que o excesso de peso corresponda ao acúmulo de lipídios, fato que pode ser avaliado pela espessura da prega cutânea. No entanto, não é fácil estabelecer parâmetros que definam, com precisão, o limite entre peso normal, sobrepeso e obesidade.

De acordo com a professora Marília de Brito Gomes, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), não há como separar o termo obesidade de excesso de gordura corporal. "Admite-se que para a raça humana, a percentagem de gordura corporal situe-se entre 15 e 18% para o sexo masculino e entre 20 e 25% para o sexo feminino. Podem ser considerados obesos os homens com percentual superior a 25% e as mulheres com mais de 30%".

Desnutrição Intrauterina Pode Favorecer Obesidade na Infância e Vida AdultaHá ainda o fator da desnutrição intrauterina, que pode predispor a criança à obesidade. De acordo com estudos apresentados no Consenso Latino Americano para Obesidade, quando existe desnutrição intrauterina, sobretudo a partir da 30ª semana de gestação, e até que a criança cumpra um ano de idade, se produz um aumento da sensibilidade para a proliferação de adipositos.

Se estas crianças recebem um aporte maior que o necessário da etapa pós-natal e principalmente durante os dois primeiros anos de vida, desenvolvem obesidade com maior facilidade, diz o estudo, aparentemente devido a modificações dos centros reguladores do apetite, situados no sistema nervoso central. Outras pesquisas projetam que estas crianças, ao crescer, apresentarão maior incidência de resistência à insulina, diabetes mellitus tipo II, hipertensão arterial e enfermidade coronária. Estas condições se evitam se não for favorecida a dita sobrenutrição pós-natal.

Acompanhamento Alimentar na Infância

Visando a prevenção do aumento da população obesa no país, é essencial que se tome por ponto de partida o acompanhamento alimentar rigoroso na infância, mesmo desde o nascimento. Segundo a nutricionista com consultório em São Paulo, Sylvia Elisabeth Sanner, a obesidade infantil está relacionada, logo na primeira infância, com o desmame precoce e a utilização de farinhas para "engrossar" o leite das mamadeiras. Diferentemente do leite materno, o leite de vaca usado na mamadeira contém sódio e gordura já em excesso. É recomendável, portanto, que o recém-nascido tome o leite materno até, no mínimo, o sexto mês.

Outro fator, apontado pela Dra. Sylvia, é o aumento do consumo, por parte das crianças, de alimentos industrializados do tipo "junck food", como, por exemplo, salgadinhos em pacote, que possuem elevados teores de sal, colesterol e calorias. Da mesma forma, o aumento do consumo de "fast food" influencia significativamente o crescente consumo de alimentos gordurosos, como maionese e batatas fritas.

O fato das crianças acostumarem-se com o sabor doce logo nos primeiros meses de vida, quando muitas mães acrescentam açúcar às mamadeiras de leite, também contribuiu para o elevado consumo de açúcar entre as crianças, sendo um dos motivos da obesidade infantil, na avaliação da especialista.

Além disso, ela ressalta, o sedentarismo, devido a muitas horas na frente da televisão, também tem grande influência, pois a diminuição da atividade física leva ao menor gasto energético.

A nutricionista não deixou de ressaltar o papel nocivo da propaganda a que as crianças são submetidas, com todo o apelo publicitário para que consumam doces e outros alimentos de alto valor energético, mas que fornecem poucos micronutrientes como vitaminas e minerais, essenciais para a boa saúde.

A Dra. Sylvia levou em conta ainda, em entrevista exclusiva, a falta de informações sobre alimentação saudável e equilibrada. "O grau de instrução da mãe é relevante como indicador da qualidade de alimentação da criança", avaliou.